Psicologia Positiva
A psicologia
Positiva é um movimento recente dentro da Psicologia que visa fazer
com que os psicólogos contemporâneos adotem "uma visão mais aberta e
apreciativa dos potenciais, das motivações e capacidades humanas".
Surge em 1998, com Martin Seligman que veio alertar e demonstrar,
através da investigação científica, que é fundamental estudar e conhecer as
forças e virtudes humanas e o que contribui para as pessoas se sentirem
felizes.
Permanecer sofrendo com os fatos
passados, remoê-los dias após dias, ou procurar superá-los e encontrar
possíveis soluções, motivação para o crescimento e alternativas para
enfrentá-los? Para a Psicologia Positiva, desenvolvida pelo psicólogo americano
Martin Seligman, apenas a segunda questão faz sentido.
Ao
contrário da psicologia convencional, que se foca no estudo e tratamento de
distúrbios como a depressão e ansiedade, o novo campo da psicologia positiva se
propõe a focar mais nas forças que nas fraquezas. Busca promover mais as
qualidades do viver do que reparar no que vai mal.
A
Psicologia científica, por muitos anos, foi focada desproporcionalmente na
patologia e na reparação do dano. Segundo esse autor, se faz necessário também
a atenção aos aspectos sadios do desenvolvimento humano.
Essa abordagem focaliza a necessidade de avanços nos estudos
relacionados aos fatores protetores, preventivos e de manutenção do
desenvolvimento humano saudável. Tem importante papel na compreensão dos
aspectos envolvidos no enfrentamento da doença, bem como, na manutenção da
saúde, apontando a relevância do investimento científico na investigação dos
fatores de proteção da saúde.
A Psicologia Positiva focaliza variáveis positivas, como, o otimismo, a
espiritualidade, a criatividade, a imagem corporal associados ao bem-estar e à
qualidade de vida de pessoas doentes e não-doentes e de seus cuidadores.
(SILVA, 2006).
Para Paludo e Koller (2007), essa
nova proposta científica objetiva melhorar a qualidade de vida das pessoas e
ajudar a prevenir patologias. Assim, a Psicologia Positiva pretende contribuir
para o florescimento do funcionamento saudável das pessoas, grupos e
instituições, preocupando-se em fortalecer competências ao invés de apenas
corrigir deficiências.
A
Psicologia Positiva não negligência os aspectos da Psicologia convencional, ao
contrário, o seu objetivo não é negar o que é deficitário, o que produz
sintomas e reações negativas, o que vai mal, o que está doente, ou o que é
desagradável na vida. A Psicologia Positiva reconhece a existência do
sofrimento humano, situações de risco e patologias.
A
Psicologia Positiva não trabalha sobre os problemas das pessoas e como
remediá-los, ela busca compreender a ciência e a anatomia do bem-estar, da
felicidade, das experiências positivas, do otimismo e do altruísmo, ela aponta
para uma visão de que a saúde psicológica é muito mais do que a ausência de
sintomas.
Considera-se assim que, ao percebermos o funcionamento ótimo de um
indivíduo, as suas forças, qualidades, talentos e virtudes, mais facilmente
poderemos ajudar a superar obstáculos e a lidar com as adversidades inerentes à
vida. Desta forma, a Psicologia Positiva considera que todo e qualquer ser
humano, grupo ou instituição, tem recursos para florescer e viver de um modo
mais gratificante.
Antes de
o psicólogo propor está nova vertente da psicologia moderna, o paciente passava
anos em processo terapêutico focado apenas nas experiências negativas de sua
existência. Assim, ao invés de buscar a cura efetiva, ele continuava imerso em
suas dores. O que Martim Seligman fez, foi apresentar aos pacientes os aspectos
positivos de suas vivências e uma visão mais ampliada, de um mesmo evento.
Nesta
abordagem, a Psicoterapia visa fortalecer os aspectos saudáveis e positivos dos
indivíduos, (re)construir as virtudes e forças pessoais, ajudar os clientes a
encontrarem recursos até então inexplorados e aumentar suas forças pessoais já existentes.
Assim, modificar somente o que está ruim ou errado é apenas uma parte do
trabalho da psicoterapia, sendo preciso, também, (re)construir e fortalecer o
que está bom. A orientação positiva da terapia reconhece que os traços
positivos e os comportamentos adaptativos servem como fatores protetores contra
os estressores e as dificuldades futuras. Dessa forma, ao tomar conhecimento
dos aspectos positivos, as pessoas possuem melhor capacidade para lidar com
eventos difíceis, tornando-se, assim, agentes ativos na superação da
vulnerabilidade e do risco
Profa. Dra Edna Paciência Vietta
Psicóloga Clínica