Psicoterapia
Breve: recurso eficiente e econômico.
Psicoterapia
é um processo de tratamento para problemas de ordem emocional ou mental que,
utiliza-se de abordagens psicológicas, propiciando condições favoráveis para o
autoconhecimento, facilitando a compreensão de possíveis influências do meio na
determinação de problemas e conflitos emocionais. É um procedimento de base
científica que visa ajudar a pessoa a captar recursos internos e externos para
solucionar problemas ou enfrentá-los de forma adequada e sadia. Nesse processo
que se estabelece na relação entre paciente e terapeuta o paciente tem
oportunidade de desenvolver uma real percepção de si mesmo, de seus
comportamentos, atitudes, pensamentos e sentimentos. É a oportunidade que a
pessoa tem de identificar e reconhecer seus defeitos, qualidades e
potencialidades e aprender a utilizá-los a seu favor. Nem sempre as pessoas
conseguem fazer essa auto-observação e sofrem por desconhecer as razões pelas
quais agem desta ou daquela maneira.
A
psicoterapia busca fornecer condições para que a pessoa, dentro de seu próprio
referencial (e não do terapeuta) apreenda suas reais características de
personalidade, potencialidades, dons, talentos, capacidades, preferências,
qualidades e limitações e as direcione de forma construtiva.
A
psicoterapia tem hoje, seu uso difundido e conta com várias linhas de abordagens
diferentes. As mais difundidas são as de base psicanalítica, que surgiram com
trabalhos de Sigmund Freud na virada do século XIX para século XX, com vários
seguidores e dissidentes como Adler, Melaine Klein, Bion, Lacan e outras, também
difundidas no Brasil como o Psicodrama, Psicologia Analítica de Jung, Análise
Existencial, com vários representantes, entre eles psiquiatras e
psicólogos.
Algumas psicoterapias já foram testadas dentro
de um modelo empírico, entre elas, a Psicoterapia Breve, a Terapia Interpessoal
e a Terapia Cognitivo-comportamental, estas última muito difundidas na
Europa.
A
vida moderna e o poder aquisitivo das pessoas demandam por serviços cada vez
mais eficientes e em tempo reduzido para resolução de problemas de qualquer
natureza. Limitações econômicas e pouca disponibilidade de tempo são fatores que
interferem de forma decisiva na hora de buscar ajuda psicoterápica. A perda de
valores vitais, a constante cobrança e exigências em termos de realização
humana, o baixo poder aquisitivo e alto custo de tratamentos especializados, têm
restringido certas práticas médicas e psicológicas a poucos privilegiados.
Adaptações
técnicas às atuais condições do mundo Pós- Moderno carecem cada vez mais de
especialistas nesta área, com conhecimentos profundos e consciência
social.
O
grande desafio do século XXI é a procura de soluções de problemas e conflitos
pessoais e sociais de forma adequada, eficiente, rápida e econômica.
A
Psicoterapia Breve é um desses recursos, pois visa atingir os problemas
emocionais mais prementes que possam ser solucionados em curto prazo. Sua
eficácia depende, sobretudo, da motivação do cliente e sua disposição em mudar.
Esta é a chave para se obter resultados positivos satisfatórios nesta abordagem.
A
Psicoterapia Breve trata-se de um modelo de terapia, com objetivos específicos.
Apesar do termo “breve” remeter à idéia de tratamento de curta duração, esse
tipo de terapia possui outras características, entre elas, a do estabelecimento
de um foco, ou seja, suas ações são voltadas para as queixas principais (motivos
da procura), estando centrada na superação de sintomas e vivências atuais e para
a solução de conflitos que se configuram como prioridades para o cliente. Outra
característica é que por conta da emergência/urgência e/ou importância do
problema focal há maior atividade do terapeuta (intervenção mais ativa) exigindo
do terapeuta a capacidade de associar o rigor da técnica ao referencial teórico.
Trata-se de técnica, com características próprias e não simplesmente
encurtamento do processo psicoterápico. Envolve o uso de técnicas focais e a
vivência de “experiências emocionais corretivas”, exigindo treino e experiência
específica por parte do terapeuta.
Por
“experiência emocional corretiva” se entende a possibilidade do cliente reviver
situações traumáticas do passado, sentimentos reprimidos, agora experimentados
na relação com o terapeuta, num contexto de segurança, aceitação e ausência de
censura. A partir desta interação o cliente pode chegar à reformulação,
reparação ou superação de seus conflitos.
Cabe
ao terapeuta o acompanhamento e avaliação da evolução do processo e, em casos de
necessidade de aprofundamento, seja por insuficiência de domínio das tensões ou
por opção do cliente em dar continuidade ao processo de autoconhecimento, a
reformulação das bases de atendimento e o preparo do cliente para etapas
consecutivas.
Profa. Dra. Edna
Paciência Vietta
Psicóloga
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